Sempre quis cuidar do meu filho. Dar banho, trocar as fraldas, amamentar, embalar, acalmar, pôr pra dormir... Brincar com ele, educá-lo, alimentá-lo, ensiná-lo a conviver. Sempre quis fazer tudo isso pessoalmente, sem ter que terceirizar com avós ou babás.
Quando o Rodrigo e eu decidimos nos tornar pais, sabíamos da responsabilidade que nos aguardava. E planejamos cuidar do nosso filho com todo amor, dedicação, carinho e apego possíveis.
Nosso filho foi planejado e muito esperado. Foi amado desde o momento do teste 'positivo'. Desde o início já tínhamos decidido que ele seria criado apenas por nós.
Quando decidi pôr o Erich na escolinha, não foi por uma necessidade minha, mas dele, de se socializar, de ter uma rotina diferente, com outras crianças e outros adultos. Jamais pensei na escola como um depósito onde eu pudesse largar o meu filho e ter o dia livre; essa liberdade, ainda que bem-vinda, é apenas consequencia de ele ter se adaptado a esse novo ambiente.
Claro, quando não há alternativa e a mãe precisa trabalhar logo em seguida da licença maternidade, é outro assunto. Nesses casos, não terceirizar não é uma opção; mas não deixa de ter consequencias.
É sabido que o bebê vai se apegar à babá/ avó como se fosse a mãe. Porque quem passa o dia todo com ele, quem acalma, alimenta, etc é que está fazendo o papel de mãe. O bebê não entende que a mãe precisa trabalhar. Muitas crianças se sentem mais apegadas aos cuidadores do que aos pais - eu fui uma delas. Sempre fui mais apegada à minha avó, que me cuidava desde bebezinho. E era isso que eu não queria pra nós; eu sempre quis que meu filho fosse apegado à mim. E graças a Deus, consegui. O Erich é muito apegado a mim e ao Rodrigo, muito mesmo. Fica com avós e tios quando precisa, sim, mas não o tempo todo. Quem cria ele, quem educa, somos nós.
Eu acredito que quem deve educar são os pais. Eu respeito a educação que nossos pais nos deram, respeito a experiência de quem já criou seus filhos, mas faço questão de educar do meu jeito. Estudo muito, leio, pesquiso, vou atrás mesmo, quero aprender todo dia, e pratico as coisas que eu aprendi e acredito nelas. Gosto muito dos conselhos do dr. Carlos González (pediatra espanhol autor do livro Besame mucho) e lamento não encontrar método paralelo em nenhum pediatra na minha cidade. Mas sigo suas dicas, e principalmente sigo meu coração, porque pra mim não tem essa de 'mãe de primeira viagem': toda mãe sabe o que fazer.
Amamentação em livre demanda (e prolongada, sim!), cama compartilhada, colo em livre demanda, respeitar o tempo da criança em casa fase: pra mim são atitudes fundamentais, mas ainda causam estranheza em muitas pessoas. Eu sonho com o dia em que todas as mães se sintam à vontade para criar os seus filhos seguindo seus intintos mais básicos, sem se preocupar em 'estragar a criança', ou 'acostumar mal'. O grande problema da nossa sociedade é querer que os filhos amadureçam tão logo nascem.
Um comentário:
Eu também tenho essa, mas ano que vem volto a esudar pela parte da manhã...to tentando achar um jeito de deixar com meu marido ate eu voltar por que nao curto essa ideia de deixar com outras pessoas!
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