Amando cada dia mais o meu gurizinho! Ser mãe é tudo de bom!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A dor de ver o filho dodói

Como falei em posts anteriores, o Erich apareceu com uma tosse (a princípio) alérgica mês passado e eu levei ele no Pronto Atendimento do SUS. Não receitaram nada além de sorine (que não é nada além de água com sal). E ele ficou naquela melhora/piora por semanas. Até ontem.

Chegou da escola já dizendo que tava dodói. E depois começou a tossir diferente, uma tosse presa. me preocupei e mais ainda ME CULPEI porque tinha lavado a casa com alvejante. Não ficou cheiro forte nem nada, mas um pouco dava pra sentir.

De manhã a mesma tosse, e mais frequente. E a gente nunca se engana quando o filho está doente; achei ele muito atiradinho e decidi levar no médico.

Não quis levá-lo outra vez no PA do SUS, porque olha tem que estar com muita paciência pra esperar pra ser atendido, explicar tudo o que acontece com a criança pro estudante, esperar mais um pouco, explicar tudo de novo pro médico oficial. E sair com diagnóstico duvidoso, como da última vez. Não, obrigado.

Levei num pediatra que uma amiga me indicou, muito bom médico, gostei bastante do atendimento dele. Ele olhou o Erich, viu ouvido, garganta, escutou pulmão e não quis medicar; pediu raio-x de pulmão e seios da face. Pra hoje.

Fomos fazer o exame, o Rodrigo foi junto. Imagina fazer raio-x numa criança de 2 anos, se ela tem que parar imóvel. Só de entrar na sala o Erich já abriu o berreiro, e quando eu segurava ele piorava, era grito, "papai", soluços e eu quase chorando junto. Pior foi a maldita técnica em radiologia que não tinha o menor tato pra lidar com criança, não conseguia fazer o exame porque o Erich se mexia (ou melhor, esperneava) e tivemos que repetir o exame 4 vezes. Enquanto isso meu filho fica exposto à radiação, poha. Tortura pra minha mente. Saímos dali destroçados, eu me sentindo uma merda por fazer eu filho passar por aquilo.

Levei os exames pro médico ver, e o que eu suspeitei lá no mês passado, que as criaturas do PA não encontraram, lá estava: sinusite, e das brabas. E um pouco de catarro no pulmão também. Vai precisar de antibióticos por 10 dias. Agora nunca vou saber se diagnosticaram ele errado da outra vez no PA, pois não fizeram raio-x nenhum, só constataram que era quadro viral, mas e a tosse que não curou o mês inteiro?

Só sei que dói, arrasa mesmo ver o filho doente, sem poder fazer nada,  e ele sem saber me dizer exatamente onde está o "dodói". É o tipo de coisa que me desestabiliza totalmente.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Planejando o desfralde

O Erich está com 29 meses e ainda usa fraldas. Não, não acho que esteja passando da hora de tirar as fraldas, acho que sim está chegando a hora. A idade comum  para iniciar o desfralde é a partir dos 2 anos, mas pra mim o que conta mesmo é o quanto a criança está preparada, se já tem maturidade pra isso. Senão é só estresse.

Já sei que não vai ser fácil desfraldar o Erich, pois ele é daquele tipo que fica todo o dia com a fralda cheia se deixar. Ele não se incomoda e não pede pra tirar.

Mas há dias venho conversando com ele sobre tirar as fraldas, fazer coco no penico, avisar quando quiser fazer xixi. Outro dia deixei ele sem fralda só pra ver a reação; ele fez xixi e veio reclamar que tava 'sujo'!

O negócio é comprar muito plástico pra forrar as camas, muitas cuecas  e bermudas, e começar!
Como eu disse, mais importante que a idade, é imprescindível ficar atento aos sinais que a própria criança dá. Segue uma listinha com alguns toques importantes sobre o desfralde:

Sinais físicos:

Anda com firmeza, e até consegue correr.
Faz bastante xixi de cada vez (e não de pouquinho em pouquinho).
Faz um cocô razoavelmente sólido, em horários mais ou menos previsíveis.
Fica "seco" por pelo menos três ou quatro horas, ou seja, os músculos da bexiga conseguem segurar a urina.



Sinais de comportamento

Consegue ficar sentado na mesma posição por entre dois e cinco minutos.
Consegue abaixar e levantar as calças.
Fica incomodado quando a fralda está suja ou molhada.
Demonstra interesse nos hábitos de higiene (gosta de observar os outros irem ao banheiro ou quer usar cueca ou calcinha).
Não demonstra resistência à idéia de usar o penico ou a privada.
Está numa fase em que gosta de colaborar, e não numa fase "do contra".



Sinais cognitivos

Consegue seguir instruções simples, como "vá pegar aquele brinquedo".
Entende que cada coisa tem o seu lugar.
Tem palavras para xixi e cocô.
Entende os sinais físicos de que está com vontade de ir ao banheiro, e consegue pedir para ir (ou até segurar a vontade um pouco).

Fonte: Babycenter Brasil


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

#maedemerda feelings

Nos últimos dias venho me sentindo a própria mãedemerda.

Porque tô sentindo falta de passar mais tempo com meu filho. E tudo é uma questão de organização, só que não tô conseguindo me organizar.

Ele passa a tarde na escola, mas ficamos em casa de manhã. E nesse curto tempo, pois a manhã passa voando, sinto que não estamos passando um tempo de qualidade juntos. Quer dizer, ele acorda por volta das 9h, fica na cama assistindo TV, depois levanta e brinca até a hora do almoço. Nesse meio tempo, choraminga bastante em busca da minha atenção. Pois eu não paro nunca, tô fazendo almoço, lavando louça, dobrando roupa, limpando banheiro... e acabo não dando a devida atenção pra ele. 

E é claro que ele também está sentindo esse "abandono". O que me faz sentir como uma merda, mesmo.

hoje quando levei ele na escola ele não queria entrar, ficou chorando, fez beiço. E eu atrasada como sempre, o Rodrigo esperando com carro ligado, não tive escolha, precisei ir e deixá-lo chorando. Mãedemerda, mãedemerda. Chorei o caminho todo pra loja.

É nessas horas que bate aquela culpa. Porque mesmo sabendo que eu devo a ele toda minha atenção, todo meu tempo livre, eu acabo pisando na bola e trocando nossos momentos juntos pela faxina da casa. E é tão sutil que quando vejo já fiz; já é meio dia e preciso terminar o almoço, e com ele na minha volta resmungando, acabo muitas vezes brigando com ele. E quando vou dar o almoço e ele não quer comer, brigo outra vez. Sem perceber que é bem possível ele não comer pra chamar minha atenção.

Preciso passar um tempo de qualidade com ele. É tudo questão de se organizar. E eu vou conseguir.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

lenço pra que te quero

Desde que o Erich passou a frequentar a escola, ele está mais sociável, comunicativo, falante, e BEM mais agitado. Sem dúvida a convivência com crianças da idade dele e a rotina da escola estão fazendo muito bem a ele.

Agora vem o porém, né, tudo tem dois lados.

Desde que começou na escola o Erich NUNCA ESTÁ 100%. Está num resfriado/gripe que não cura há 1 mês. melhora, o nariz para de escorrer, a tosse vai embora. E volta uma semana depois.

Claro que não é culpa somente da convivência com várias crianças, lógico, tem o fato de sair pra rua todos os dias, mesmo frio e chovendo. E tem o fator umidade do cão, porque nessa cidade as paredes apodrecem de tanto mofo no inverno. Com esse tempo que não melhora, a umidade, o pó da primavera, esse vento medonho... abre a temporada das doenças respiratórias. Aqui em casa todos temos rinite/sinusite e isso inclui o erich. Ultimamente ele anda sempre com o nariz correndo, com tosse e eu fico com coração na mão. Inevitável bater aquela culpa básica, imaginar se eu tivesse com ele em casa ele teria menos crises, mas... sei que tem coisas que não dá pra evitar.

primavera é a época das alergias mesmo. Difícil é ver o filho dar dois passos e voltar dizendo 'nariz, nariz', todo ranhento. Ele até já sabe se dirigir ao banheiro e pegar papel higiênico pra limpar o nariz. ^^


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Semana da Criança na Escola



brincando de roda, gente!que lindoooo!
Então que lá na escolinha do Erich foi decretada a Semana da Criança, com direito a uma semana inteira de festividades. Teve piquenique, festa à fantasia, cupcakes (chiques, não?) e até passeio pro Baladinha Kids. Oi, como assim, passeio? Passeio. Meu filho sendo transportado de um lugar a outro sem a minha presença. Aguento?

E lá foi ele todo sorrisos passear de ônibus lotado de crianças felizes, todo homenzinho, super comportado, muito contente. Mamãe com coração na mão só imaginando se ele não iria estranhar, sentir minha falta, chorar, chamar manhêêê....

mãe é boba, não?

O Erich se divertiu como nunca e há fotos pra provar!!
Nessas horas é que eu entendo porque ele me trocou pela escola... é beeem mais divertida mesmo!

Erich e a tia Grace: um caso de amor

Felicidade define.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Reflexão: Dia das Crianças

O Dia das Crianças se aproxima e o centro da cidade está lotado. Lotado de gente, de loja vendendo brinquedo, de gente carregando brinquedo, todo mundo se atropelando com sacolas. Porque toda data festiva (Natal, páscoa, Dia das crianças...) é motivo/ desculpa pro consumismo, e nem as crianças escapam.

Não comprei nenhum presente especial pro Erich pro Dia da Criança, primeiro porque ele não está precisando de nada, e segundo porque não quero que ele se acostume com essa correria de presentes nas datas que deviam ser apenas festivas.

Não quero que ele espere pelos feriados só para ganhar presente. Acho isso o fim.

Prefiro fazer um programa especial com ele no dia, um passeio em família, uma tarde gostosa ao ar livre, brincando. Isso sim torna a data inesquecível.

Em vez de entrar na dança do consumismo e comprar uma pilha de brinquedos que serão logo esquecidos, fiz uma limpeza na caixa de brinquedos do Erich. Juntei tudo o QUE ELE NÃO BRINCA MAIS, aqueles brinquedinhos de bebê, algumas coisas que ele simplesmente abandonou, que eu sei que ele não iria usar mais mesmo. Separei todas as roupas que não servem mais nele, juntei com esses brinquedos e LEVEI PRA CASA DO CARINHO, uma casa que abriga crianças de 0 a 7 anos, em sua maioria vítimas de algum tipo de abuso/maus tratos.

Não sei os outros, mas em mim, essas datas festivo-comerciais me incitam à reflexão. Eu fico pensando nessa correria pra comprar presentes, nessas pessoas que muitas vezes se endividam pro resto do ano pra presentear a família. Penso em quanta roupa nova, quanto brinquedo o Erich vai ganhar das avós, da dinda, do pai, de todos os brinquedos que eu vou comprando pra ele fora dessas datas. Daí eu penso nas crianças que não vão ganhar nada, que nunca ganham nada. Mas que notam a movimentação de gente comprando sem parar, que assistem televisão e são bombardeados com comerciais de brinquedos.

Esse mundo de desigualdades me dá nojo, sabe? Eu quero ensinar o meu filho a dividir, a não acumular coisas só por acumular. Quero que ele seja solidário, que ele queira doar o que não usa mais, que ele se importe com quem precisa.

Acho que em vez de gastar 100,00 num brinquedo que aparece no comercial da Discovery Kids, eu posso ir numa loja e comprar uns carrinhos, uns joguinhos, tem brinquedo até por 1,00, e levar num orfanato. E assim alegrar o dia de uma criança carente de tudo.

Claro que eu compro presente pro meu filho, lógico. Até preciso de policiar pra não cometer excessos, desde que ele nasceu eu não compro nada pra mim, é tudo pra ele. Mas não quero que ele espere APENAS pelos presentes, quero que ele valorize outras coisas além do material.

Fica a reflexão; eu vejo muitas mães vendendo as roupas usadas dos seus filhos, nada contra, mas acho que ás vezes a gente tem que deixar a vontade de lucrar de lado e pensar em quem precisa.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Supernanny e o método cruel de ensinar a dormir

Quase sempre assisto ao programa da Supernanny brasileira, no SBT. Gosto porque aprendo muito, sobre o que fazer em determinadas situações, mas principalmente sobre COMO NÃO AGIR COM MEU FILHO.

No último programa que acompanhei, vi uma família que realmente estava vivendo no caos; eram três crianças de 1 a 6 anos, totalmente descontroladas e mal educadas, que batiam na mãe e falavam MUITO palavrão. A mãe, já de saco cheio, se dirigia aos filhos com MUITA raiva na voz, agressividade em todas as palavras, e até distribuía alguns tapas eventualmente. Até aí entendi a "necessidade" de intervenção da Supernanny, que conversou com a mãe, mostrou que ela devia ser menos agressiva, ter mais pulso firme, etc. Ok.

Porém me indignei quando a Nanny inventou de se meter num assunto QUE NÃO FOI POSTO EM DISCUSSÃO, QUE A MÃE NÃO RECLAMOU PORQUE NÃO ESTAVA INCOMODANDO, AO CONTRÁRIO, FUNCIONAVA PARA ELA: o momento de pôr os filhos pra dormir.

A mãe estava acostumada a fazer o menor (de 1 ano) dormir com o barulho do secador de cabelo e um cafuné. Pra quem não conhece a Teoria da Exterogestação, o barulho do secador funciona como uma "memória" do som que o bebê ouvia no útero. Qualquer barulho estático, como o som da chuva, por exemplo, tem essa função e pode sim ajudar bebês novinhos a pegarem no sono. Claro que nesse caso o bebê já tinha 1 ano, mas nem sempre ele dormia dessa forma, a mãe também costumava embalá-lo no colo para ajudá-lo a dormir. Algum problema até aí? Isso por acaso é anormal? Prejudicial ? Para a tirana sem coração da Supernanny sim.

Eis que a nanny se mete onde não foi chamada e IMPÕE na família um novo método de fazer o bebê dormir! O infalível (e totalmente sem ética) método ferber, mais conhecido como DEIXAR A CRIANÇA NO BERÇO BERRANDO ATÉ CANSAR E DORMIR SOZINHA!!!!!!!

Honestamente, quase chorei junto com a criança. Um bebê de 13 meses, até então acostumado a dormir sendo acalentado pela mãe, do nada passa a ser deixado atirado no berço, chorando, gritando, implorando por conforto, entre lágrimas e muito estresse, e ninguém se dispõe a confortá-lo. Querem adestrar a criança como se fosse um cão de guarda? Não se faz isso nem com animais, gente. Aliás os animais cuidam muito melhor das suas crias do que muitas mães humanas e 'civilizadas'.

É lógico que depois de uns 40 minutos de choro sem nenhuma resposta, o menino  desistiu e dormiu. O resultado esperado foi alcançado, e provavelmente depois de algumas noites iguais a essa, ele já passe a dormir sozinho sem choro. Mas então os fins justificam os meios? É ético fazer isso? É humano deixar um bebê se acabar de tanto chorar, se sentir desprotegido, abandonado, inseguro, perceber que não pode contar com a própria mãe para ter algum consolo?

Os ferberizadores de bebê que me desculpem, mas isso pra mim é o cúmulo da falta de instinto materno, de sensibilidade, de ética, de tudo. Nenhum bebê pediu pra vir ao mundo, ninguém merece ser tratado assim. A hora de dormir tem que ser agradável, prazerosa, um momento lúdico, de ternura, de convívio com a mãe/pai... não um momento de TERROR. Depois não sabem porque os bebês não querem dormir. Por que acordam chorando de madrugada. 

Sou totalmente contra esses métodos cruéis de ensinar a dormir. Os bebês precisam de contato físico, precisam de COLO, precisam ser consolados, precisam se sentir seguros. Precisam de AMOR E RESPEITO. Deixar o bebê chorar sem oferecer consolo é DESRESPEITOSO, CRUEL, DESUMANO.

Se fosse na minha casa eu teria mandado a Supernanny PASTAR! Meu filho é criado com apego e é uma criança linda, feliz, que tenho certeza que se sente muito amada. E quando tem sono ele me procura pra dormir sem nenhum estresse nem resistência. 

Cada um cria seu filho como quer? Sim. Mas um mínimo de ética e respeito não dá pra dispensar.