Amando cada dia mais o meu gurizinho! Ser mãe é tudo de bom!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Tirando a poeira do blog!

Quase 1 ano inteiro sem postar? Realmente isso aqui está jogado às traças. Quem diria?  Eu que sempre gostei  de escrever, e que acabei fazendo do blog um refúgio, um local de desabafo, cheguei num ponto em que não houve mais espaço pra esse diário virtual.

Eu não tenho mais tempo.

A vida anda tão corrida que não consigo mais elaborar um texto decente pra postar aqui. E tudo está passando tão depressa que eu lamento não estar registrando os momentos como eu gostaria. 2014 passou voando, e foi um ano de tantas mudanças, tantas novidades. E muita correria.

Meu filho fez 4 anos, está tão crescido, esperto, falante, e sempre carinhoso e apegado. A cada dia me surpreende mais, me encanta mais, me deixa mais orgulhosa e realizada. Continuamos muito unidos!

Eu prometo que vou tentar não abandonar você, meu blog querido, que já me serviu de ombro amigo tantas vezes! Eu vou voltar!

sábado, 12 de abril de 2014

Férias! parte I

Encarar o avião com um bebê é uma coisa... pode até dar certo.

agora, fazer isso com um moleque de 3 anos, no auge da sua energia e vontade de agitar... boa sorte!!


Eis que este ano conseguimos, finalmente, tirar uns dias de férias, nós 3. Fomos para Santarém, oeste do Pará, onde vivem meu pai e (alguns) irmãos. Resumo da viagem: 9 horas viajando, 5 decolagens e muito cansaço! 

Embarcamos em Porto Alegre às 15h30 (já havíamos andado 3 horas de Pelotas até Porto Alegre) e paramos em Curitiba, Salvador, Fortaleza e fizemos uma conexão em Manaus. De lá, voamos para Santarém, onde chegamos às 5h da manhã. Pense em todo esse percurso com um menino de 3 anos.

Empolgado no início, afinal, foi sua primeira viagem de avião, o Erich era só alegria. Quando decolamos pela primeira vez, o avião ganhava altura e ele de joelhos na janelinha (burlando a ordem de apertar os cintos, nean) gritando: "Uhuuul, estamos voando! Estamos no espaço!!!" Foi festejando até Curitiba, quando decidiu que queria ir ao banheiro bem na hora de apertar os cintos pra decolar outra vez. Depois daí, não se aquietou mais; chegando em Salvador, disse que queria descer e que "chega de voar". E ainda faltavam 2 escalas.

Dormiu e acordou umas 3 vezes, foi no banheiro umas 5, às vezes não fazia nada, só queria levantar da poltrona. Naturalmente foi se aborrecendo, afinal, se é cansativo pra um adulto, imagina para uma criança...

Quando chegamos em Manaus, finalmente saímos do avião. Tínhamos duas horas pra ficar no aeroporto guardando a próxima conexão, e aproveitamos pra esticar as pernas, comer alguma coisa, descansar um pouco. No vôo pra Santarém, que durou uns 50 minutos, o Erich adormeceu e só acordou no dia seguinte, já na casa do vovô.

Mas voar é uma delícia, não? Apesar do stress de tentar segurar o Erich na poltrona, manter ele calmo e de ser mega cansativo ficar sentado durante tantas horas, eu curti muito a viagem. Gosto de voar. Já o Rodrigo... detesta! :(

Chegamos no nosso destino às 5h da manhã, exaustos, e minha irmã foi nos buscar no aeroporto. Fomos direto pra cama, dormir o restinho de noite e descansar o corpo... acho que apaguei em 1 minuto, nunca me senti tão cansada!

No aeroporto de Manaus: olheiras rules!
Indo para Porto Alegre

Admirando a vista

Enfim, desembarcando em Santarém

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Renascimento do Parto, finalmente!

Depois de meses de luta, divulgação e uma campanha feita com amor - conseguimos! O filme O Renascimento do Parto veio até Pelotas, em duas sessões. Pouco, mas suficiente para um publico ávido que não aguentava mais esperar. 

Se fosse pra resumir numa palavra, seria INTENSO.

Não há como ficar isento, o filme mexe com nossas emoções mais profundas, mais primitivas. Chorei já  no primeiro minuto. É muito impressionante constatar que o parto se transformou mesmo num evento médico, centrado na figura do médico, onde o mesmo decide tudo, e a mulher apenas "obedece para o bem dela e do bebê". É revoltante o que está nas entrelinhas; que todas nós, mulheres modernas, temos algum "defeito" e não somos capazes de parir como nossas avós.

O atual indice assustador de 90% de cesarianas (em se tratando da rede particular) é, no mínimo, suspeito. Se cada uma tem sua justificativa médica, subtraindo as eletivas por comodismo descarado, então todas essas mulheres e seus respectivos bebês estariam condenados à morte se tivessem vivido há 50, 100 anos atrás?? 

Nossa, como chorei ao ver tantas mães sendo abatidas na mesa de cirurgia sem motivo nenhum e o pior: contra sua vontade! Tantas que sonharam em parir, que foram enganadas por seus médicos! Sim, pois quem opera uma mulher tendo como justificativa uma (ou duas, ou mais) circular de cordão está enganando a paciente.

Foram muitas as cenas que me chocaram. Como eu disse antes, não há como ficar indiferente. As emoções afloram realmente, em especial pra quem já passou pela experiência de um parto roubado.

Ao assistir o filme, me senti abraçada por tantas mulheres que passaram pela mesma situação. A cada depoimento, uma lágrima, um soluço, uma mágoa extravasada. A sensação devastadora de ter tido meu parto roubado. A tristeza por me dar conta de que, ao deixar a minha casa naquela madrugada de contrações ritmadas, eu minaria todas as minhas chances de ter um parto digno. A dor de conhecer os procedimentos aos quais meu bebê recém-nascido foi submetido.

O mais interessante foi que o filme retratou o lado de todos os personagens envolvidos: mães, médicos, doulas, parteiras. O que se constata é que, enquanto o parto for considerado um evento médico e não fisiológico, o problema vai persistir. Médico pra quem precisa de médico. Muitos partos podem ocorrer naturalmente sem intervenções. Não há justificativa para um número maior que 20% de cesarianas.

Deixei o cinema ainda mais convicta do que acredito, e agradeço de coração a oportunidade de ter assistido esse lindo filme. Ficou em mim a certeza de que não quero passar por essa vida sem viver a experiência de um parto respeitoso. Parabéns à produção por esse trabalho maravilhoso, ficou perfeito!

Aqui em Pelotas foi plantada uma sementinha. Tivemos publico na estréia do filme, inclusive mulheres que vieram de Rio Grande para prestigiar esse evento. Contamos com a presença de uma representante da Secretaria de Saúde do município. Uma idéia foi plantada e precisamos dar continuidade à campanha pelo parto humanizado. O parto é nosso! E a máfia da cesárea é apenas parte do problema.


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sobre sair da matrix e a não superação do meu não parto

Espalhando a sementinha do parto humanizado, ouço a seguinte célebre frase:

"Mas eu pensei que tu fosses a favor da cesárea, afinal tu fez cesárea."

Me senti incomodada. E toda aquela frustração pelo meu não-parto despertou de um cochilo e voltou a me atormentar. Sim, sofri uma cesárea. Não, não foi uma opção e não, não engoli essa cirurgia.

Eu culpo todo um sistema que não oferece apoio para a mulher em trabalho de parto. Eu culpo o obstetra de plantão, tão desinteressado que nem perguntou meu nome, culpo a equipe que tinha pressa, a enfermeira que, apesar de eu ter dito "não quero sorinho", ela não respeitou minha vontade. Mas também me culpo, lógico.

Me culpo por não ter tido forças pra brigar pelo meu direito de mandar no meu próprio corpo. Por não ter conseguido impôr minha vontade e não me obrigar a ficar deitada quando eu deveria me mexer pro bebê encaixar. Por ter me permitido cair nas estatísticas de violência obstétrica e desnecesáreas. Eu me culpo e sei que o meu filho e eu merecíamos mais. Passamos por um parto estressante, dolorido, abaixo de hormônios sintéticos, com cirurgia e analgésicos. Deixou uma cicatriz eterna, no corpo e na alma.

Uma vez que se sai da matrix, não há como voltar. Não há como se contentar com "nasceu de cesárea mas está bem, tem saúde, sobreviveu." Sobreviver não é o bastante, ou o fim justifica os meios? Se é possível vir ao mundo sem violência, com respeito, com os hormônios naturais que beneficiam mãe e filho, por que não?

Vejam bem, não sou contra a cesárea. Ela é só parte do problema.

Sou contra o sistema que impõe as opções parto normal violento ou cesárea eletiva. Mas quem disse que cesárea não dói?? É tão violenta quanto um normal cheio de intervenções (rompimento artificial de bolsa, episiotomia, manobra de kristeller...), e o bebê sofre muito. É arrancado no ventre sem aviso, esfregado, pesado, medido, violentado. Só depois conhece a mãe.

Me entristece saber que a forma do bebê vir a mundo agora é uma questão de escolha. Escolha pelo que melhor lhe convém, sem levar em consideração o tempo do bebê. Pressa. Pressa pra nascer, pressa pra desmamar, pressa pra andar, pressa pra desfraldar. Pressa. Vamos aonde com tanta pressa?

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

42 meses!

3 anos e meio!

E o bebê agora se auto intitula "menino grande enorme"! E está mesmo um menino crescido e cada vez mais independente. Lembro de ouvir de muitas pessoas que a criação com apego (e tudo pacote que vem junto) deixava a criança dependente demais. Meu filho está aí para provar o contrário; a cada dia fica mais independente, querendo fazer tudo sozinho, dispensando minha ajuda para t-u-d-o.

Mês passado marcamos mais um ponto na escala da independência/desenvolvimento: o Erich saiu das fraldas, quase que por conta própria. Nos surpreendeu a rapidez com que o processo se deu (1 semana) pois ele estava prontinho mesmo, bastou incentivar um pouquinho e ele começou logo a controlar o xixi e ir sozinho ao penico. Com o nº 2 foi um pouco mais delicado, levou alguns dias para que ele se sentisse à vontade sem as fraldas, mas normalizou logo. E a fralda noturna amanhece sequinha, ou seja, desfralde completo em menos de um mês. Orgulho master do meu homenzinho!

O fato de não usar mais fraldas despertou no Erich o prazer da liberdade. Sim, agora a onda é andar pelado pela casa! Mal acorda já tira toda a roupa, chegando da escola, mesma coisa. Não tenho encrencado com isso pois acredito ser apenas uma fase, e agora já não faz tanto frio. Só espero que passe logo!

E a independência, que veio nem sei de onde? É se vestir sozinho, comer sozinho, cortar a própria carne, limpar a bunda, escovar os dentes... sozinho e sem qualquer ajuda!

E a língua solta? Tagarela é apelido! Fala o tempo todo, e brinca de faz-de-conta, conta histórias, canta... AMO DEMAIS!!!!