Amando cada dia mais o meu gurizinho! Ser mãe é tudo de bom!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

"Devemos ser a mudança que queremos"

Mais um ano que vai terminando, e vou ser sincera, acho esse período um tanto melancólico/deprimente. Porque nos trás a sensação de que se encerra uma etapa e que poderemos recomeçar no novo ano. Que muitas coisas vão mudar, que tudo vai se renovar. Mas quando passa o feriado, SHIT, percebemos tudo continua igual. Pois, afinal, nada muda, quem precisa mudar somos nós, e isso não é fácil.

2012 realmente passou voando pra mim. O Erich cresceu e mudou tanto, e parece que foi de um dia pro outro. Na correria diária, não vi um ano inteiro passar... e isso é uma das coisas que gostaria de mudar em mim; essa urgência, essa pressa, esse stress que não leva a nada. Eu sou uma pessoa muito tensa, muito estourada, e gostaria de mudar isso: para 2013, desejo ser uma pessoa mais calma.

Também quero abandonar esse sedentarismo que se instalou em mim nos últimos anos. Como eu gosto muito de comer, e o Rodrigo sempre boicota minhas dietas com "Bauru Sanata com ovo e bacon" , não adianta me iludir com regimes; o negócio é me mexer. Quero voltar a caminhar, a andar de bicicleta. Chega de sedentarismo!

2013 será o ano do desfralde. Será um ano marcado por diversas mudanças pro Erich (e pra nós, claro); ele vai começar numa nova escola, conhecer novas pessoas, novas amizades. Uma nova rotina.

Pretendo me reaproximar de muitas pessoas das quais eu me afastei nesses últimos anos. Chega de falta de tempo, de deixar pra depois, de não procurar ninguém: quero cultivar antigas e novas amizades.

Nesse próximo ano, quero colher os frutos de anos de estudo e dedicação; aguardando o resultado de uns concursos que já prestei, me dedicando a alguns novos. Depois de adaptar o Erich na escola, posso pensar em voltar a trabalhar.

É fato que nada muda se nós mesmos não mudarmos. Segundo Gandhi, "devemos ser a mudança que queremos ver". E cada plano que traçamos só depende do nosso empenho para acontecer. Em 2013 quero fazer acontecer, nada de ficar esperando.

Desejo a todos que acompanham o blog um 2013 repleto de realizações! E que cada um de nós consiga ser a mudança que queremos!

sábado, 22 de dezembro de 2012

Nova velha rotina!

Com as férias do erich (ele vai ficar sem escola nesse período de veraneio) estamos passando por um período de adaptação ao contrário, ou seja, reacostumando com a rotina de casa.

Quando o Erich estava na escola eu organizava meu dia da seguinte forma: pela manhã, com ele em casa, eu me dividia entre arrumar a casa, preparar o almoço, fazer a mochila e brincar um pouco com ele. De tarde eu ia pra loja com o Rodrigo, mas sempre aproveitava esse período pra fazer o que fosse preciso na rua: pagamento de contas, compras, serviços bancários etc. E na primeira semana de férias eu redescobri o terror que é sair com uma criança de 2 anos pra fazer essas tarefas.

Porque criança cansa, se irrita de ficar em filas, de andar no centro lotado... e o Erich é do tipo que se não ficar no colo ele sai correndo sem medo de ser feliz, ou seja, impossível soltá-lo no chão. 

Uma coisa corriqueira como fazer compras no supermercado agora é missão impossível. Ele não para no carrinho mais que dez minutos, e isso só se rolar um suborno com chocolate ou fandangos (PEPSICO, quero meus royalties!) Expirado o período de validade do suborno ele quer descer do carrinho, sair correndo ou, numa melhor hipótese, ficar se deliciando na seção de brinquedos. Ou seja, pra fazer as compras precisa de no mínimo duas pessoas, uma pra escolher o que comprar, outra pra ficar de babá do Erich correndo pra lá e pra cá.

Outra coisa que ficou bagunçada nas férias foi o sono do Erich. Porque quando tinha escola eu fazia com que ele dormisse logo depois do almoço mas era um cochilo de no máximo 1 hora; mas agora ele dorme mais. Se deixar dorme 3 horas seguidas o que não é muito ruim porque cedo da tarde tem muito sol no pátio e não poderíamos ficar na rua. MAS acontece que desse jeito ele só fica com sono depois da 1h da manhã!!! O que se torna um círculo vicioso pois dormindo tão tarde, na manhã seguinte acorda tarde, tira a soneca tarde...

Dá pra ver que ainda precisamos de uns ajustes nessas férias! Mas a parte boa é que estamos passando o dia inteiro juntinhos e eu andava sentindo uma falta danada disso! Nós brincamos muito, fazemos tudo juntos, e nessas duas semanas que passaram dá pra perceber que ele está falando muito mais! Tá falando tudo! E eu cheia de orgulho!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Criando do meu jeito

Sempre quis cuidar do meu filho. Dar banho, trocar as fraldas, amamentar, embalar, acalmar, pôr pra dormir... Brincar com ele, educá-lo, alimentá-lo, ensiná-lo a conviver. Sempre quis fazer tudo isso pessoalmente, sem ter que terceirizar com avós ou babás.

Quando o Rodrigo e eu decidimos nos tornar pais, sabíamos da responsabilidade que nos aguardava. E planejamos cuidar do nosso filho com todo amor, dedicação, carinho e apego possíveis.

Nosso filho foi planejado e muito esperado. Foi amado desde o momento do teste 'positivo'. Desde o início já tínhamos decidido que ele seria criado apenas por nós.

Quando decidi pôr o Erich na escolinha, não foi por uma necessidade minha, mas dele, de se socializar, de ter uma rotina diferente, com outras crianças e outros adultos. Jamais pensei na escola como um depósito onde eu pudesse largar o meu filho e ter o dia livre; essa liberdade, ainda que bem-vinda, é apenas consequencia de ele ter se adaptado a esse novo ambiente.

Claro, quando não há alternativa e a mãe precisa trabalhar logo em seguida da licença maternidade, é outro assunto. Nesses casos, não terceirizar não é uma opção; mas não deixa de ter consequencias.

É sabido que o bebê vai se apegar à babá/ avó como se fosse a mãe. Porque quem passa o dia todo com ele, quem acalma, alimenta, etc é que está fazendo o papel de mãe. O bebê não entende que a mãe precisa trabalhar. Muitas crianças se sentem mais apegadas aos cuidadores do que aos pais - eu fui uma delas. Sempre fui mais apegada à minha avó, que me cuidava desde bebezinho. E era isso que eu não queria pra nós; eu sempre quis que meu filho fosse apegado à mim. E graças a Deus, consegui. O Erich é muito apegado a mim e ao Rodrigo, muito mesmo. Fica com avós e tios quando precisa, sim, mas não o tempo todo. Quem cria ele, quem educa, somos nós.

Eu acredito que quem deve educar são os pais. Eu respeito a educação que nossos pais nos deram, respeito a experiência de quem já criou seus filhos, mas faço questão de educar do meu jeito. Estudo muito, leio, pesquiso, vou atrás mesmo, quero aprender todo dia, e pratico as coisas que eu aprendi e acredito nelas. Gosto muito dos conselhos do dr. Carlos González (pediatra espanhol autor do livro Besame mucho) e lamento não encontrar método paralelo em nenhum pediatra na minha cidade. Mas sigo suas dicas, e principalmente sigo meu coração, porque pra mim não tem essa de 'mãe de primeira viagem': toda mãe sabe o que fazer.

Amamentação em livre demanda (e prolongada, sim!), cama compartilhada, colo em livre demanda, respeitar o tempo da criança em casa fase: pra mim são atitudes fundamentais, mas ainda causam estranheza em muitas pessoas. Eu sonho com o dia em que todas as mães se sintam à vontade para criar os seus filhos seguindo seus intintos mais básicos, sem se preocupar em 'estragar a criança', ou 'acostumar mal'. O grande problema da nossa sociedade é querer que os filhos amadureçam tão logo nascem.

Peraltices!

"Filho,

Cada dia que passa tu ficas mais e mais esperto - e muito mais sapeca! Fiz uma listinha das mais recentes peraltices pra tu ver quando crescer o trabalho que me deu!!

* Inventei de brincarmos com têmperas e olha só: Pintou um braço todinho com tinta e vermelha e disse que era o Homem Aranha!

* Enquanto eu arrumava o quarto, foi até a cozinha onde o que sobrou do almoço ainda estava na mesa; encheu um prato com farofa e coxinhas de galinha, e comeu, espalhando farofa por todo chão!

*Saiu correndo da mamãe no pátio e subiu pela escada até o quarto andar, correndo! (pra meu desespero e quase enfarto do teu pai)

*Abriu o armário do quarto, tirou tudo de dentro e deitou na prateleira, dizendo que estava cansado e ia dormir!

*Aprendeu  a subir no escorrega ao contrário, e descer pela escada!


As fotos dispensam legendas, não?

Todas essas peraltices fazem parte do teu desenvolvimento, filho, e eu adoro acompanhar tudo de camarote! Continua assim, bem 'arteiro'!

com amor,

mamãe."

Bater pra educar?

Depois de um dia difícil, tenso, muito agitado onde eu acabei perdendo a paciência e dando um tapa no Erich, fico aqui refletindo sobre a polêmica palmada.

Outro dia eu li num dos blogs que acompanho que a ninguém dá uma surra ou uma palmada pensando em educar, mas sim pra descontar a raiva do momento. E pra mim isso é verdade; quem bate não o faz pra ensinar; bate por descontrole, por raiva, por frustração, por não conseguir se segurar mesmo. No entanto, esse tipo de atitude termina por ensinar sim uma lição: a de que o maior/mais velho/mais forte pode usar a força pra impôr sua vontade, a de que vale partir pra agressão física quando não nos ouvem, a velha lei do mais forte. E pra mim isso é errado.

Eu confesso meu descontrole nesse dia infeliz, em que acabei fazendo uma coisa que eu condeno muito, que é levantar a mão pro meu filho indefeso. Doeu em mim, doeu nele e principalmente machucou a nós dois por dentro; eu pelo meu próprio descontrole, ele por não esperar uma atitude dessas de mim.

Para muitos pode ser uma coisa comum bater nos filhos, mas não pra mim. Quando um filho nos tira do sério, a primeira coisa que vem à nossa mente não deveria ser uma palmada. No entanto, essa cultura dos castigos físicos está tão arraigada na nossa sociedade que sim, dar um belo safanão é uma reação quase de instinto em determinadas situações. Triste.

Muitos defendem os castigos físicos como sendo o único modo de educar, de preparar os filhos pro mundo. Eu discordo. Acredito que a criação com amor faz esse papel muito melhor. Crescer não precisa ser dolorido, duro, difícil. A vida já castiga tanto a gente. Amor e compreensão são mais que fundamentais para se criar seres humanos seguros, felizes e éticos. Em diversas culturas, não se usam castigos físicos, e nem por isso as crianças crescem sem limites, ao contrário. 

Mais uma vez, me sinto culpada por ter perdido a razão com meu filho. E de agora em diante firmo um compromisso comigo mesma de contar até mil se precisar para me acalmar, antes de levantar a mão pra ele outra vez. Porque quando bato no meu filho, me torno tudo aquilo que eu repudio.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Aos 31 meses

Sobe em árvores...

e fica pendurado nelas, se balançando

brincando com o guarda-chuva

Novo ídolo: Homem Aranha
usando nossas escovas de dente pra limpar os brinquedos

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Desfralde: a importância de saber recuar

Decidi deixar o Erich sem fralda a partir de hoje (04-12), já que estamos em casa. Pra sair de casa e pra dormir vou continuar botando fralda, por enquanto. Vejamos como será nossa primeira semana.

Dia 1: Quatro xixis só de manhã, todos na roupa. Eu só escutava o "plaf plaf" dele batendo o pé na poça de xixi como se fosse água. Passei o dia perguntando se ele queria fazer xixi, levando no banheiro, mostrando como fazer de pé, sentado, no vaso, no penico, na plantinha. E nada. Número dois também foi feito na roupa e por sorte anda bem durinho.

Dia 2: Alguns acidentes pela manhã, mas nada do número 2. De tarde ele me disse "cocô!" e aceitou sentar no penico (progresso!!!!); ficamos ali conversando, contei umas historinhas, tentando distrair do cocô, mas não fez. Levantou e foi brincar. Fez xixi no pátio uma vez e no fim da tarde pus a fralda pra gente sair - foi quando veio o número 2.

Dia 3: Confesso que dei uma broxada hoje e vontade de desistir; mas sei que é cedo pra ter expectativas... o Erich fez 4 xixis seguidos, num intervalo de pouquissimos minutos, e na cama... mijou até o travesseiro, logo de manhã! Prognóstico de um dia bem estressante!Sentou no penico por uns minutinhos e até fez umas gotas de xixi, mas senta no penico sempre chorando.

Dia 4: Começo a pensar que me precipitei e ele ainda não estava pronto. Hoje pela manhã toda vez que dava vontade de fazer xixi ele chorava, pedia colo (num sinal claro de insegurança) e pedia pra pôr a fralda, aos prantos. Contrariando o Rodrigo, que acha que eu devo insistir, acho que tá na hora de dar uma recuada, porque pra mim ele tá sofrendo.

Uma coisa que eu aprendi desde que me tornei mãe, é acreditar em mim. Confiar nos meus instintos e acreditar que eu sei o que é melhor pro meu filho e o conheço melhor do que ninguém.

Já li diversos relatos de mães de meninos que desfraldaram "mais tarde" (pros padrões mais comuns) e foram histórias de sucesso. Respeitando o tempo de cada criança o desfralde acontece naturalmente, na hora certa. 

Acredito que o Erich em breve vai conseguir aceitar que tiremos a fralda, porque ele já tem algum controle; ontem mesmo segurou bastante o xixi. A questão é o amadurecimento psicológico, e nesse ponto ele ainda não está pronto, e pude perceber isso hoje. No meu colo, chorando e segurando o xixi, pedindo pra pôr a fralda. Vale a pena forçar uma situação só pra poder dizer que desfraldei meu filho? 

É importante saber recuar. Vou esperar algumas semanas para tentar de novo. Sem pressão.

Encontrei no Blog da Paloma uma dica muito valiosa do Dr José Martins:

 "Comece tirando as fraldas pela manhã, logo após ele ter urinado e evacuado, e deixe uma hora sem fraldas pela casa. Não ralhe se ele fizer no chão. Depois disso, coloque novamente a fralda. Se ele fizer na fralda, acompanhe-o até o banheiro e jogue o cocô dentro do vaso. Depois do almoço, à tarde, mais uma hora, e à noite, antes de dormir, também. À medida em que ele não urina ou evacua sem fraldas, aumente o tempo para 2 horas e assim vá sucessivamente fazendo o treinamento. Os bebês precisam dessa informação e dessa orientação. A maioria das crianças em dois ou três meses consegue ir se desfraldando. Entretanto algumas crianças às vezes demoram um pouco e podem chegar até quase os 3 anos ainda com dificuldades para controlar os esfíncteres. Isso é uma variação individual que precisa ser respeitada, ok? Não force a barra e, ao surgir qualquer dificuldade, vá falando com seu pediatra, que pode ir lhe aconselhando."

Sempre pensei em fazer assim aos poucos, mas todo mundo que eu conversava aconselhava a "tirar de uma vez". Acho que vou tentar gradativamente pra ver se funciona melhor.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Capítulo final

Ontem encerramos uma etapa; a da escola do Erich. Foi abrupto, estressante, constrangedor, ms simplesmente não dava pra continuar.

Pelo terceiro dia consecutivo fui buscar o meu filho na escola e ele tinha uma marca de mordida no braço. O mesmo discurso de sempre, a mesma criança mordeu ele, sendo que ontem mesmo na entrada eu pedi educadamente pra professora não deixar os dois perto um do outro, cuidar ( que é o trabalho dela) pra não acontecer outra vez. Que já não é a primeira e nem segunda, mas a terceira mordida. Em tres dias seguidos. Que mãe acharia isso normal?

Educadamente falei pra professora que não dava pra aceitar, que ele precisava ficar seguro na escola, cmo eu vou ficar tranquila assim? Veio a pedagoga e foi se alterando, dizendo que já tinham falado das mordidas na última reunião, que é normal, que são só crianças... E eu sei. Sei que se tratam de crianças e não tô aqui condenando a criança que mordeu, mas as professoras que não cumpriram com seu papel ao permitir que acontecesse 3 vezes seguidas com a mesma criança.

Eu educadamente disse a elas que não aceitava isso e ia retirar o Erich da escola pra umas férias, mas o Rodrigo entrou na conversa e disse tudo o que eu não consegui, no tom que eu não tive coragem. Em resumo saímos brigados com a escola toda, professoras, diretora, pedagoga. Pra defender nosso filho.

A questão é que pra mim é impossível ir trabalhar tranquila depois disso, ontem mesmo eu já fui buscá-lo com receio e dito e feito, lá estava o meu filho com um roxo no braço outra vez, e repito que ele não sabe se defender ainda, então, dá pra entender a minha indignação. às vezes penso se não tô exagerando, mas não creio que alguma mãe conseguisse aceitar numa boa essa situação.

Lamento que tenha acabado assim, porque eu gostava da escola. Até então não tinha nada a reclamar. Mas como aceitar que ninguém viu ele ser mordido 3 dias seguidos? E se continuasse indo, ia acontecer quantas vezes mais? Tô chateada pra caramba, sentindo que meu filho pode sair perdendo, pois está habituado à rotina, aos colegas, às professoras. Mas e a nossa tranquilidade?

Vai levar um tempo até que eu volte a confiar numa escola pra deixar o Erich, me sinto sem chão nesse momento pois de um dia pro outro não tenho onde deixá-lo. Como eu disse, fico me perguntando se não fui radical, mas depois eu penso melhor. É absurdo o que aconteceu.

Veja sobre a primeira mordida aqui

E sobre a segunda aqui

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A novela do desfralde

Ah o desfralde, esse necessário.
Ainda nem comecei.

preciso comprar cuecas e um adaptador de privada, porque o penico não teve ibope aqui em casa. Providenciemos.

De fato vou iniciar o processo de desfralde nas nossas férias, pós Natal. Porque prefiro fazer em casa, eu mesma. Vou deixar o Erich de férias da escola em janeiro e aí sim faremos nosso desfralde.

Sei que não vai ser fácil, pois o Erich é uma criança muito agitada, que não para nunca, e fazê-lo parar pra fazer xixi vai ser uma verdadeira batalha. Mas  a hora é agora, no verão.

Decidi fazer o desfralde em casa e não na escola por algumas razões. Uma delas é a vontade de fazer tudo eu mesma, do meu jeito. Sempre preferi participar 100 por cento de cada etapa de desenvolvimento do meu filho, acho essencial que passemos por isso juntos. Depois, pela praticidade mesmo, de não ter que mandar um milhão de bermudas/cuecas/calçados (sim, qdo mija perna abaixo molha todo o calçado e o cheirinho de xixi não sai nunca mais :p) pra escola. Enfim eu acho que é um processo que deve ser feito em casa quando possível.

Dessa forma, iniciaremos o desfralde aos 32 meses, o que muitos dirão: "Poha que tarde", mas eu sei que é considerado normal o desfralde realizado entre 2 e 4 anos, sendo até 3 anos e meio totalmente aceitável. Não encano com isso porque cada criança tem seu tempo pra tudo e não sou de forçar. Estimular é uma coisa, forçar é outra bem diferente e isso não faço nunca.

E o desfralde noturno, esse sim vai demorar mais. Porque o Erich ainda mama de madrugada e toma 300ml de Pediasure ainda por cima. Sem stress. Tudo a seu tempo.

sábado, 1 de dezembro de 2012

De novo!

Caráleo, morderam o Erich de novo na escolinha.
Poha, tô muito furiosa e na boa, se acontecer outra vez, ele tá fora da escola.

Não quero nem saber de mimimi, que faz parte da idade e não sei  o que. Como eu disse, o Erich nunca mordeu ninguém e eu acho o fim da picada deixarem acontecer 2 dias seguidos, com a mesma criança. Fui buscar meu filho ontem e lá estava ele com uma poha duma mordida no nariz. No mínimo um descuido sem tamanho ocorreu ali.

Fico puta com esse tipo de coisa porque pow, educo meu filho pra não ser agressivo de jeito nenhum, e ele não sabe se defender. Deixo ele na escola pra ele brincar, socializar, ter atividades educativas, não pra ser mordido. 

Já disse que se acontecer de novo, vai ser a última vez. Trago ele pra casa porque na boa, ninguém melhor que a mãe pra cuidar do filho, saca? Não tive filho pra deixar pra terceiros cuidarem, e mal.

Não quero saber de desculpas, até porque não tem, só quero poder me sentir segura deixando meu filho na escola. Qualquer mãe no meu lugar estaria indignada, é impossível levar na boa o filho de 2 anos mordido 2 dias seguidos. É inacreditável até.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Questão delicada

Já li muitos artigos sobre desenvolvimento infantil, e aprendi que as mordidas fazem parte do processo. Que muitas crianças de 1-2 anos mordem os amiguinhos numa tentativa de se expressar, já que ainda não sabem se comunicar com perfeição. Ok.

Porém tudo é muito normal quando acontece com os outros, porque quando é o filho da gente, tudo muda: o Erich foi mordido na escolinha ontem.

Já imaginei a cena; ele chorando fazendo beicinho e eu não estando lá pra consolar/cuidar.

Quando me contaram que ele havia sido mordido por um colega, tentei ser compreensiva e educada, claro, afinal acontece e não é raro. Mas ver a marca de dente no bracinho do meu filho doeu em mim; e fiquei muito chateada. 

Embora eu saiba que é considerado normal, uma fase do desenvolvimento, me revolta isso acontecer com o Erich porque ele nunca mordeu, nem é agressivo com os amigos de jeito nenhum. Ele é muito amoroso. E por ser assim toda vez que um amigo machuca ele, seja brincando ou por querer, ele fica muito magoado, chora aquele choro com sentimento, sabe, com beicinho. Nossa, fiquei muito chateada mesmo e espero que não se repita. Entendo a situação mas as professoras tem obrigação de estar de olho, né?

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Papai Noel dos Correios

Acabei de chegar dos Correios. Fui lá pra adotar uma cartinha, daquelas que as crianças escrevem pro Papai Noel. É muito difícil escolher uma, eu acabei ficando com 3. Fica aí uma boa dica pra quem quer ser solidário; fazer o Natal de uma criança mais alegre; é provável que muitas dessas crianças não ganhem nada por falta de condições das famílias. Vale à pena e sai tão barato!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Stress Nosso de Cada Dia

Sempre quis ser uma mãe paciente, daquelas que nunca gritam e conseguem respirar fundo em vez de praguejar.

Unfortunately, sou uma pessoa muito estressada. Estourada mesmo.
E vou confessar, ando num stress sem causa aparente que tá contagiando todos à minha volta, e o Erich é uma das vítimas colaterais.

Eu reclamo do mau humor dele, da falta de paciência pra tudo mas óbvio que eu sei que a culpada sou eu. Só não sei como fazer pra voltar às boas com minha aura. Ando sem saco pra poha nenhuma, perdendo a paciência com o Erich a toda hora. E ele sabe, e sente, e tem me desafiado abusando diretamente dos meus pontos fracos. Tem feito birra pra comer, quer viver de amor e Toddynho, esvazia as gavetas espalhando tudo pelo chão, sobe na mesinha pra botar as coisas da estante abaixo... isso sem falar que é só levantar a tampa da privada pra dar de cara com o Shrek afogado no xixi. Terrible twos?

Some todas essas travessuras a uma mãe com o psicológico em frangalhos e um calor infernal.
O resultado inevitável é um surto psicótico.

Sério, não sei mais como acalmar os ânimos. Onde vende paciência? Tô necessitada.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

"Eu não bato no meu filho. Dou o exemplo."




Hoje se discute muito a respeito da (não) palmada.

Não vou ser hipócrita e dizer que nunca levantei a mão pro meu filho; já o fiz. E me arrependi na mesma hora. Não pretendo fazer outra vez.

Escolhi criar meu filho sem violência. Porque consigo ver a diferença entre respeito e medo, e quero ser respeitada, não temida. Quando batemos pra ensinar, estamos ensinando a bater, mostrando que o que vale é a força. Manda quem é maior, quem bate mais.

Eu acho que quando sentimos a necessidade de bater num filho, significa que já falhamos muito antes disso. Porque se chega ao ponto de ter que bater, provavelmente a mãe já falou, já advertiu, já gritou, ameaçou inclusive, e não conseguiu se fazer respeitar.

A grande questão é: como se impôr sem ser pela violência, numa sociedade em que as crianças estão cada vez mais desafiadoras?

Talvez a resposta esteja no respeito. Antes de tudo, temos que ensinar a respeitar, repeitando. Quem respeita não usa violência. Com meu filho eu uso palavras, não vou dizer que é fácil, é preciso muita paciência. As crianças aprendem com nossos exemplos muito mais do que com ordens (e tapas), então a chave está aí. Exemplos.

Se eu não quero que meu filho seja violento com amiguinhos, não sou violenta com ele. Educo com amor e sim, isso é possível.

Sou de uma geração que apanhava muito. Não tenho raiva da minha mãe por isso, sei que ela fazia o que julgava ser melhor e criar uma filha sozinha não é fácil. Mas lembro de cada uma das vezes em que eu apanhei, e posso dizer que infelizmente essas coisas marcam. Acho que nunca vou esquecer da sensação de apanhar da pessoa que eu mais amava e confiava, do sentimento ruim que fica, da tristeza mesmo. Não quero fazer isso com meu filho.

Educar é muito importante, ser duro quando necessário, saber dizer não. Mas não concordo que seja preciso dar uma 'palmada educativa'. Acho que isso só ensina a ter medo; a criança vai parar de mexer onde não deve pra não apanhar mais, não porque entendeu que é errado.

 E quando ela crescer e já não tiver medo da palmada?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Mais do mesmo

Não queria mais ficar batendo na mesma tecla, mas o assunto me veio à tona mais uma vez.

Tivemos que levar o Erich no pediatra (outro) novamente, por conta de uma tosse incurável. Levamos numa que nos foi muito bem indicada, e que por acaso é esposa do GO que fez o parto do Erich. Ok.

Clinicamente falando, gostamos muito dela. Atenciosa, carinhosa, conseguiu examinar o Erich sem que ele chorasse, e isso nunca acontece. Rolou uma química entre os dois. Ela se interessou pelo histórico dele desde o início, traçou um perfil, examinou a curva, tudo ok. Nos tranquilizou quanto ao crescimento e (não) aumento de peso dele, descartou a necessidade de novos exames de sangue, passou a receita de um anti-alérgico pra tosse. Elogiou, disse que ele está muito bem, de acordo com a rotina que descrevi, a alimentação também está ok, só elogios.

Mas, então...

"...Até quando ele mamou?"

eu: "Até agora, quero dizer, ele ainda mama antes de dormir e quando está dodói..."

ela: "Não quero mais isso!!!!!! Teu leite é uma água já há muito tempo, só serve pra atrapalhar a alimentação, ó, vamos parar com isso."
eu:












Cara de alface completa porque nessas horas nunca sei o que dizer. 

tentei ser educada porém firme na minha convicção, expliquei que a amamentação não está atrapalhando nada, que ele não substitui refeições pelo tetê, que inclusive ela mesma elogiou a alimentação dele, que ele mama só pra pegar no sono... Mas não adiantou, ela seguiu insistindo demostrando que está desatualizadíssima no assunto, e eu não fui lá pra bater boca com ninguém.

Lógico que saí de lá um tanto abalada. Chateada seria uma palavra melhor, talvez.

Porque esse tipo de situação me deixa muito frustrada, sabe, porque desde o início enfrentei muitas dificuldades pra amamentar. Eu tinha idéia de amamentar até 6 meses, mas fui estudando, pesquisando e aprendendo sobre os benefícios imunológicos e pronlonguei. Não me arrependo e tenho certeza de que fiz/faço a coisa certa; mas quando me deparo com um profissional da saúde, que teria a obrigação de orientar as mães no sentido de privilegiar o aleitamento materno pelos INÚMEROS benefícios, e esse profissional faz justamente o contrário (quase me criticou por nunca ter usado mamadeira!), honestamente, pra mim isso é broxante demais. Por um microssegundo cheguei a questionar minhas próprias convicções, mas não, não me sinto errada. Não mesmo.

Além dos benefícios imunológicos, acredito (e não estou sozinha) que o desmame é um processo natural e muito ligado ao emocional -- de mãe e  filho. Sendo assim, deve ser uma decisão de ambos, mãe e filho, não do pediatra. É muito pessoal. Eu não abro mão de criar o meu filho conforme os meus instintos e convicções, acho que é um direito meu. Respeito e muito os pediatras, porém acredito que sua função se restrinja à área da saúde, quando se trata do nutricional e do emocional, já foge do conhecimento deles. Assim como eu respeito os anos de estudo e experiência, quero ser respeitada como MÃE.

Me chateia esse tipo de coisa, como eu disse, enfrentei muitas dificuldades pra amamentar e ainda enfrento muito preconceito. Mas pelo meu filho eu sei que vale todo esforço, ele é uma criança feliz, segura, saudável, que socializa muito bem. Eu sei que estou fazendo o melhor.

Em resumo, ficamos com a pediatra. Quando precisar, levaremos nela. MAS, o modo de criar meu filho só diz respeito a mim e ao pai dele. E estamos de acordo e muito certos dos nossos métodos.


*Para saber mais sobre amamentação prolongada, clique aqui.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

30 meses e mamando!

Ah gente, cansei.

Já fiz vários posts sobre amamentação prolongada. Expus evidências científicas/empíricas de que só faz bem à criança, de que melhora a imunidade, faz bem pro vínculo mãe-filho, de que alimenta melhor do que qualquer leite comprado, fórmula ou 'caixinha'. 

Não adianta.

A maioria das pessoas ainda alimenta muito preconceito contra amamentação de bebês, o que dirá maiores de 2 anos. 

Se dou de mamar na rua, as pessoas olham torto. Algumas perguntam a idade do meu filho, e não escondem  o espanto quando eu digo 2 anos e meio, e muitas torcem o nariz e dizem que é um absurdo, que tem que tomar leite de vaca (e ele toma, também), que por isso que ele é magrinho, que vai mamar até ficar adulto (???). Algumas ainda dizem "pobre mãe!", como se eu merecesse toda pena do mundo.

Cansada de ter que explicar o óbvio pra quem não quer entender, desisto oficialmente dessa batalha. Agora se alguém perguntar quando ele vai desmamar, vou responder que não sei e pronto. Chega de conversa porque, sabe, a gente cansa. Quem sabe do meu filho sou eu, se ele ainda mama é porque ainda precisa, porque o desmame tem mais a ver com maturidade do que com o tamanho da criança. Quando for a hora ele vai desmamar. Não me sinto desconfortável em amamentar, ao contrário, eu adoro, tenho certeza que ele está muito bem nutrido e quando fica dodói e não quer comer, quem segura a barra é o peitão aqui.

Vivemos uma inversão de valores tamanha, que uma mãe amamentando é mal vista, mas se sacar uma mamadeira e dar pro bebê todo mundo acha normal, se enfiar uma chupeta na boca dele pra parar de chorar, coisa mais normal do mundo.

Isso e uma publicidade hiper agressiva empurrando leite artificial como se fosse a coisa mais segura e saudável que existe, uma indústria que quer vender o leite em pó no lugar do leite materno, a papinha industrializada e o iogurte, não preciso citar marcas.

Amamentar não é fácil, enfrentei muitos desafios desde o início, e o apoio do marido é fundamental. O Rodrigo sempre me apoiou e me apóia na amamentação do Erich, o que só me deixa ainda mais segura pra continuar. Vou seguir amamentando meu filho, acredito que quando ele estiver pronto vai largando aos poucos o hábito, e acho isso normal. O desmame natural nos humanos ocorre entre 4 e 5 anos. Me sinto tranquila quanto a isso.

No mais, cansei, viu? Amamento porque quero. Ponto final.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Passeio em família





Ontem fizemos um passeio muito gostoso com o Erich. Fomos no sítio dos meus tios, o tipo de passeio ideal pra se fazer com criança pequena; proporciona um espaço imenso ao ar livre pra cria correr até cansar (ou não).

Ele correu tanto ( eu atrás, sempre), correu no campo aberto, correu atrás das galinhas, dos perus, caiu, ralou o joelho várias vezes, arranhou as pernas e até viu um bezerrinho nascer. "Olha a vaca, olha o nenê, bonitinho!", palavras dele.

Nessas horas é que eu vejo como o Erich vive preso no apartamento, todas as vezes que se sente livre assim ele corre como se fosse o fim do mundo, parece um passarinho quando vê a porta da gaiola aberta. Dá pra sentir a felicidade só de olhar.

Muito eu corri nesse mesmo sítio quando era criança, era um dos meus lugares preferidos. Acho importante esse resgate também; que o Erich possa conhecer lugares e pessoas que me marcaram na infância. A convivência com familiares, mesmo que seja uma vez ou outra, acho muito importante. Sem falar que o Erich AMA animais de todos os tipos, tamanhos e periculosidade. Não tem medo de nada (o que pode ser um problema!) e fica admirado com tudo, quer ver de perto, quer tocar se der. É curioso e isso é saudável.

Estamos pensando em tirar umas mini férias lá no sítio, bem tranquilos. Será que o Erich vai gostar?

E o desfralde?

Assunto do momento: desfralde. Quando iniciar, como iniciar, quanto vai demorar, como saber se está na hora?

Bem, oficialmente, ainda não dei inicio ao "processo".

Andei tirando as fraldas do Erich algumas vezes pela manhã, que é quando estamos em casa. Insisti com ele pra sentar no peniquinho, mas acho que ele achou desconfortável. Tô pensando em comprar aquele assento pra privada mesmo, talvez se adapte melhor. Enfim, os dias que deixei ele sem fralda foram como eu esperava; ele fez xixi na roupa mesmo e veio correndo pedindo pra trocar. Depois recoloquei a fralda pra ele ir à escola.

Ainda tô pensando a respeito mas talvez seja melhor fazer o desfralde em casa. Tô pensando ainda, em quem sabe tirar uns dias em janeiro e ficar em casa com ele pra fazer isso com calma e do meu jeito. Vamos ver.

Por enquanto ele ainda está de fralda, e não quero atropelar nada, honestamente acho que ainda vai levar um tempo. Temos todo o verão.

sábado, 3 de novembro de 2012

30 meses

2 anos e 6 meses.

"Filho, de vez em quando ainda te chamo de "meu bebê", mas é só pra me lembrar de um tempo que já passou... pois definitivamente tu cresceste e é oficialmente um moleque bem danadinho. Corre muito, sobe em tudo, cai, faz galo na cabeça... cansa, viu? Mas compensa muito te ver sempre feliz. Te amamos muito!

Mamãe."

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A dor de ver o filho dodói

Como falei em posts anteriores, o Erich apareceu com uma tosse (a princípio) alérgica mês passado e eu levei ele no Pronto Atendimento do SUS. Não receitaram nada além de sorine (que não é nada além de água com sal). E ele ficou naquela melhora/piora por semanas. Até ontem.

Chegou da escola já dizendo que tava dodói. E depois começou a tossir diferente, uma tosse presa. me preocupei e mais ainda ME CULPEI porque tinha lavado a casa com alvejante. Não ficou cheiro forte nem nada, mas um pouco dava pra sentir.

De manhã a mesma tosse, e mais frequente. E a gente nunca se engana quando o filho está doente; achei ele muito atiradinho e decidi levar no médico.

Não quis levá-lo outra vez no PA do SUS, porque olha tem que estar com muita paciência pra esperar pra ser atendido, explicar tudo o que acontece com a criança pro estudante, esperar mais um pouco, explicar tudo de novo pro médico oficial. E sair com diagnóstico duvidoso, como da última vez. Não, obrigado.

Levei num pediatra que uma amiga me indicou, muito bom médico, gostei bastante do atendimento dele. Ele olhou o Erich, viu ouvido, garganta, escutou pulmão e não quis medicar; pediu raio-x de pulmão e seios da face. Pra hoje.

Fomos fazer o exame, o Rodrigo foi junto. Imagina fazer raio-x numa criança de 2 anos, se ela tem que parar imóvel. Só de entrar na sala o Erich já abriu o berreiro, e quando eu segurava ele piorava, era grito, "papai", soluços e eu quase chorando junto. Pior foi a maldita técnica em radiologia que não tinha o menor tato pra lidar com criança, não conseguia fazer o exame porque o Erich se mexia (ou melhor, esperneava) e tivemos que repetir o exame 4 vezes. Enquanto isso meu filho fica exposto à radiação, poha. Tortura pra minha mente. Saímos dali destroçados, eu me sentindo uma merda por fazer eu filho passar por aquilo.

Levei os exames pro médico ver, e o que eu suspeitei lá no mês passado, que as criaturas do PA não encontraram, lá estava: sinusite, e das brabas. E um pouco de catarro no pulmão também. Vai precisar de antibióticos por 10 dias. Agora nunca vou saber se diagnosticaram ele errado da outra vez no PA, pois não fizeram raio-x nenhum, só constataram que era quadro viral, mas e a tosse que não curou o mês inteiro?

Só sei que dói, arrasa mesmo ver o filho doente, sem poder fazer nada,  e ele sem saber me dizer exatamente onde está o "dodói". É o tipo de coisa que me desestabiliza totalmente.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Planejando o desfralde

O Erich está com 29 meses e ainda usa fraldas. Não, não acho que esteja passando da hora de tirar as fraldas, acho que sim está chegando a hora. A idade comum  para iniciar o desfralde é a partir dos 2 anos, mas pra mim o que conta mesmo é o quanto a criança está preparada, se já tem maturidade pra isso. Senão é só estresse.

Já sei que não vai ser fácil desfraldar o Erich, pois ele é daquele tipo que fica todo o dia com a fralda cheia se deixar. Ele não se incomoda e não pede pra tirar.

Mas há dias venho conversando com ele sobre tirar as fraldas, fazer coco no penico, avisar quando quiser fazer xixi. Outro dia deixei ele sem fralda só pra ver a reação; ele fez xixi e veio reclamar que tava 'sujo'!

O negócio é comprar muito plástico pra forrar as camas, muitas cuecas  e bermudas, e começar!
Como eu disse, mais importante que a idade, é imprescindível ficar atento aos sinais que a própria criança dá. Segue uma listinha com alguns toques importantes sobre o desfralde:

Sinais físicos:

Anda com firmeza, e até consegue correr.
Faz bastante xixi de cada vez (e não de pouquinho em pouquinho).
Faz um cocô razoavelmente sólido, em horários mais ou menos previsíveis.
Fica "seco" por pelo menos três ou quatro horas, ou seja, os músculos da bexiga conseguem segurar a urina.



Sinais de comportamento

Consegue ficar sentado na mesma posição por entre dois e cinco minutos.
Consegue abaixar e levantar as calças.
Fica incomodado quando a fralda está suja ou molhada.
Demonstra interesse nos hábitos de higiene (gosta de observar os outros irem ao banheiro ou quer usar cueca ou calcinha).
Não demonstra resistência à idéia de usar o penico ou a privada.
Está numa fase em que gosta de colaborar, e não numa fase "do contra".



Sinais cognitivos

Consegue seguir instruções simples, como "vá pegar aquele brinquedo".
Entende que cada coisa tem o seu lugar.
Tem palavras para xixi e cocô.
Entende os sinais físicos de que está com vontade de ir ao banheiro, e consegue pedir para ir (ou até segurar a vontade um pouco).

Fonte: Babycenter Brasil


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

#maedemerda feelings

Nos últimos dias venho me sentindo a própria mãedemerda.

Porque tô sentindo falta de passar mais tempo com meu filho. E tudo é uma questão de organização, só que não tô conseguindo me organizar.

Ele passa a tarde na escola, mas ficamos em casa de manhã. E nesse curto tempo, pois a manhã passa voando, sinto que não estamos passando um tempo de qualidade juntos. Quer dizer, ele acorda por volta das 9h, fica na cama assistindo TV, depois levanta e brinca até a hora do almoço. Nesse meio tempo, choraminga bastante em busca da minha atenção. Pois eu não paro nunca, tô fazendo almoço, lavando louça, dobrando roupa, limpando banheiro... e acabo não dando a devida atenção pra ele. 

E é claro que ele também está sentindo esse "abandono". O que me faz sentir como uma merda, mesmo.

hoje quando levei ele na escola ele não queria entrar, ficou chorando, fez beiço. E eu atrasada como sempre, o Rodrigo esperando com carro ligado, não tive escolha, precisei ir e deixá-lo chorando. Mãedemerda, mãedemerda. Chorei o caminho todo pra loja.

É nessas horas que bate aquela culpa. Porque mesmo sabendo que eu devo a ele toda minha atenção, todo meu tempo livre, eu acabo pisando na bola e trocando nossos momentos juntos pela faxina da casa. E é tão sutil que quando vejo já fiz; já é meio dia e preciso terminar o almoço, e com ele na minha volta resmungando, acabo muitas vezes brigando com ele. E quando vou dar o almoço e ele não quer comer, brigo outra vez. Sem perceber que é bem possível ele não comer pra chamar minha atenção.

Preciso passar um tempo de qualidade com ele. É tudo questão de se organizar. E eu vou conseguir.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

lenço pra que te quero

Desde que o Erich passou a frequentar a escola, ele está mais sociável, comunicativo, falante, e BEM mais agitado. Sem dúvida a convivência com crianças da idade dele e a rotina da escola estão fazendo muito bem a ele.

Agora vem o porém, né, tudo tem dois lados.

Desde que começou na escola o Erich NUNCA ESTÁ 100%. Está num resfriado/gripe que não cura há 1 mês. melhora, o nariz para de escorrer, a tosse vai embora. E volta uma semana depois.

Claro que não é culpa somente da convivência com várias crianças, lógico, tem o fato de sair pra rua todos os dias, mesmo frio e chovendo. E tem o fator umidade do cão, porque nessa cidade as paredes apodrecem de tanto mofo no inverno. Com esse tempo que não melhora, a umidade, o pó da primavera, esse vento medonho... abre a temporada das doenças respiratórias. Aqui em casa todos temos rinite/sinusite e isso inclui o erich. Ultimamente ele anda sempre com o nariz correndo, com tosse e eu fico com coração na mão. Inevitável bater aquela culpa básica, imaginar se eu tivesse com ele em casa ele teria menos crises, mas... sei que tem coisas que não dá pra evitar.

primavera é a época das alergias mesmo. Difícil é ver o filho dar dois passos e voltar dizendo 'nariz, nariz', todo ranhento. Ele até já sabe se dirigir ao banheiro e pegar papel higiênico pra limpar o nariz. ^^


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Semana da Criança na Escola



brincando de roda, gente!que lindoooo!
Então que lá na escolinha do Erich foi decretada a Semana da Criança, com direito a uma semana inteira de festividades. Teve piquenique, festa à fantasia, cupcakes (chiques, não?) e até passeio pro Baladinha Kids. Oi, como assim, passeio? Passeio. Meu filho sendo transportado de um lugar a outro sem a minha presença. Aguento?

E lá foi ele todo sorrisos passear de ônibus lotado de crianças felizes, todo homenzinho, super comportado, muito contente. Mamãe com coração na mão só imaginando se ele não iria estranhar, sentir minha falta, chorar, chamar manhêêê....

mãe é boba, não?

O Erich se divertiu como nunca e há fotos pra provar!!
Nessas horas é que eu entendo porque ele me trocou pela escola... é beeem mais divertida mesmo!

Erich e a tia Grace: um caso de amor

Felicidade define.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Reflexão: Dia das Crianças

O Dia das Crianças se aproxima e o centro da cidade está lotado. Lotado de gente, de loja vendendo brinquedo, de gente carregando brinquedo, todo mundo se atropelando com sacolas. Porque toda data festiva (Natal, páscoa, Dia das crianças...) é motivo/ desculpa pro consumismo, e nem as crianças escapam.

Não comprei nenhum presente especial pro Erich pro Dia da Criança, primeiro porque ele não está precisando de nada, e segundo porque não quero que ele se acostume com essa correria de presentes nas datas que deviam ser apenas festivas.

Não quero que ele espere pelos feriados só para ganhar presente. Acho isso o fim.

Prefiro fazer um programa especial com ele no dia, um passeio em família, uma tarde gostosa ao ar livre, brincando. Isso sim torna a data inesquecível.

Em vez de entrar na dança do consumismo e comprar uma pilha de brinquedos que serão logo esquecidos, fiz uma limpeza na caixa de brinquedos do Erich. Juntei tudo o QUE ELE NÃO BRINCA MAIS, aqueles brinquedinhos de bebê, algumas coisas que ele simplesmente abandonou, que eu sei que ele não iria usar mais mesmo. Separei todas as roupas que não servem mais nele, juntei com esses brinquedos e LEVEI PRA CASA DO CARINHO, uma casa que abriga crianças de 0 a 7 anos, em sua maioria vítimas de algum tipo de abuso/maus tratos.

Não sei os outros, mas em mim, essas datas festivo-comerciais me incitam à reflexão. Eu fico pensando nessa correria pra comprar presentes, nessas pessoas que muitas vezes se endividam pro resto do ano pra presentear a família. Penso em quanta roupa nova, quanto brinquedo o Erich vai ganhar das avós, da dinda, do pai, de todos os brinquedos que eu vou comprando pra ele fora dessas datas. Daí eu penso nas crianças que não vão ganhar nada, que nunca ganham nada. Mas que notam a movimentação de gente comprando sem parar, que assistem televisão e são bombardeados com comerciais de brinquedos.

Esse mundo de desigualdades me dá nojo, sabe? Eu quero ensinar o meu filho a dividir, a não acumular coisas só por acumular. Quero que ele seja solidário, que ele queira doar o que não usa mais, que ele se importe com quem precisa.

Acho que em vez de gastar 100,00 num brinquedo que aparece no comercial da Discovery Kids, eu posso ir numa loja e comprar uns carrinhos, uns joguinhos, tem brinquedo até por 1,00, e levar num orfanato. E assim alegrar o dia de uma criança carente de tudo.

Claro que eu compro presente pro meu filho, lógico. Até preciso de policiar pra não cometer excessos, desde que ele nasceu eu não compro nada pra mim, é tudo pra ele. Mas não quero que ele espere APENAS pelos presentes, quero que ele valorize outras coisas além do material.

Fica a reflexão; eu vejo muitas mães vendendo as roupas usadas dos seus filhos, nada contra, mas acho que ás vezes a gente tem que deixar a vontade de lucrar de lado e pensar em quem precisa.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Supernanny e o método cruel de ensinar a dormir

Quase sempre assisto ao programa da Supernanny brasileira, no SBT. Gosto porque aprendo muito, sobre o que fazer em determinadas situações, mas principalmente sobre COMO NÃO AGIR COM MEU FILHO.

No último programa que acompanhei, vi uma família que realmente estava vivendo no caos; eram três crianças de 1 a 6 anos, totalmente descontroladas e mal educadas, que batiam na mãe e falavam MUITO palavrão. A mãe, já de saco cheio, se dirigia aos filhos com MUITA raiva na voz, agressividade em todas as palavras, e até distribuía alguns tapas eventualmente. Até aí entendi a "necessidade" de intervenção da Supernanny, que conversou com a mãe, mostrou que ela devia ser menos agressiva, ter mais pulso firme, etc. Ok.

Porém me indignei quando a Nanny inventou de se meter num assunto QUE NÃO FOI POSTO EM DISCUSSÃO, QUE A MÃE NÃO RECLAMOU PORQUE NÃO ESTAVA INCOMODANDO, AO CONTRÁRIO, FUNCIONAVA PARA ELA: o momento de pôr os filhos pra dormir.

A mãe estava acostumada a fazer o menor (de 1 ano) dormir com o barulho do secador de cabelo e um cafuné. Pra quem não conhece a Teoria da Exterogestação, o barulho do secador funciona como uma "memória" do som que o bebê ouvia no útero. Qualquer barulho estático, como o som da chuva, por exemplo, tem essa função e pode sim ajudar bebês novinhos a pegarem no sono. Claro que nesse caso o bebê já tinha 1 ano, mas nem sempre ele dormia dessa forma, a mãe também costumava embalá-lo no colo para ajudá-lo a dormir. Algum problema até aí? Isso por acaso é anormal? Prejudicial ? Para a tirana sem coração da Supernanny sim.

Eis que a nanny se mete onde não foi chamada e IMPÕE na família um novo método de fazer o bebê dormir! O infalível (e totalmente sem ética) método ferber, mais conhecido como DEIXAR A CRIANÇA NO BERÇO BERRANDO ATÉ CANSAR E DORMIR SOZINHA!!!!!!!

Honestamente, quase chorei junto com a criança. Um bebê de 13 meses, até então acostumado a dormir sendo acalentado pela mãe, do nada passa a ser deixado atirado no berço, chorando, gritando, implorando por conforto, entre lágrimas e muito estresse, e ninguém se dispõe a confortá-lo. Querem adestrar a criança como se fosse um cão de guarda? Não se faz isso nem com animais, gente. Aliás os animais cuidam muito melhor das suas crias do que muitas mães humanas e 'civilizadas'.

É lógico que depois de uns 40 minutos de choro sem nenhuma resposta, o menino  desistiu e dormiu. O resultado esperado foi alcançado, e provavelmente depois de algumas noites iguais a essa, ele já passe a dormir sozinho sem choro. Mas então os fins justificam os meios? É ético fazer isso? É humano deixar um bebê se acabar de tanto chorar, se sentir desprotegido, abandonado, inseguro, perceber que não pode contar com a própria mãe para ter algum consolo?

Os ferberizadores de bebê que me desculpem, mas isso pra mim é o cúmulo da falta de instinto materno, de sensibilidade, de ética, de tudo. Nenhum bebê pediu pra vir ao mundo, ninguém merece ser tratado assim. A hora de dormir tem que ser agradável, prazerosa, um momento lúdico, de ternura, de convívio com a mãe/pai... não um momento de TERROR. Depois não sabem porque os bebês não querem dormir. Por que acordam chorando de madrugada. 

Sou totalmente contra esses métodos cruéis de ensinar a dormir. Os bebês precisam de contato físico, precisam de COLO, precisam ser consolados, precisam se sentir seguros. Precisam de AMOR E RESPEITO. Deixar o bebê chorar sem oferecer consolo é DESRESPEITOSO, CRUEL, DESUMANO.

Se fosse na minha casa eu teria mandado a Supernanny PASTAR! Meu filho é criado com apego e é uma criança linda, feliz, que tenho certeza que se sente muito amada. E quando tem sono ele me procura pra dormir sem nenhum estresse nem resistência. 

Cada um cria seu filho como quer? Sim. Mas um mínimo de ética e respeito não dá pra dispensar.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dodói!

Hoje faz 1 semana que o Erich não vai à escola.

Segunda passada ele voltou da escola meio caidinho e à noite teve febre. O nariz entupiu e ele não conseguiu dormir direito. Deixei ele em casa no dia seguinte por causa da febre e fiquei observando se aparecia algum outro sintoma. Nada, além da febre e do nariz entupido.

Passadas as primeiras 48h de febre, decidi que ia levar ao médico, mas nesse dia a febre cedeu. Então como parecia ser um resfriado comum, não cheguei a levar no médico. Apenas fui dando o antialérgico pra rinite e observando.

No sábado ele já estava melhor, o que foi um alívio pra mim pois eu teria que viajar para prestar concurso, e não queria deixá-lo amoladinho. Quando chegou a hora de eu sair (2 e meia da madrugada), deixei ele com o Rodrigo, dormindo. Em 10 minutos ele acordou tossindo muito e vomitou litros de leite. Começou a chorar e só voltou a dormir às 6 da manhã.

Claro que o Rodrigo não me disse nada por telefone pra não me preocupar. Toda vez que eu ligava ele dizia que tava tudo bem, mas eu o conheço, sabe? Senti no tom que a coisa tava preta.
Já saí de casa com os olhos marejados; foi a primeira vez que deixei meu filho pra trás assim, no meio da noite. Me senti muito ruim, como se tivesse partido e deixado meu coração em casa. Doeu muito. Ah, a culpa... essa constante.

Quando voltei, no domingo à noite, o Erich apenas me abraçou e mamou no peito por uns 10 minutos, e dormiu. Dormiu toda a noite, direto.
O Rodrigo disse que ele não chamou por mim nenhuma vez enquanto eu estava ausente. O Erich é assim, ele tem um jeito muito próprio de protestar. Ele não chora nem reclama, apenas finge que nada aconteceu.

E o resfriado virou o maior gripão. Na segunda (ontem) de manhã, levei ele ao pronto atendimento. De fato era uma gripe mesmo, a tosse é normal, deve passar nos próximos dias. A febre não voltou e nem deve voltar. Receitaram apenas sorine pro nariz.

Mas nesse meio tempo, ele está faltando à escola. Não tem como mandar ele assim. Hoje ele já esta melhor, já está brincando, comendo um pouquinho mais, não está tão chorãozinho. Amanhã acho que ele já vai pra aula.

Quanto à mim, me sinto um caco velho. Uma semana inteira em casa, coisa que já não estava mais acostumada, ainda por cima com a cria pestiada, demandando MUITA atenção. Um domingo de OITO horas de prova e mais OITO de viagem. Ah, e uma gripe, claro. Oremos.

domingo, 16 de setembro de 2012

Por que amamentar?

Muito se fala em amamentação, das vantagens para a mãe e para o bebê, da importância do aleitamento materno no primeiro ano de vida (e além). Mas, infelizmente, ainda existem MUITAS mães que desconhecem tal importância, e que por falta de informação e/ou pressão de pediatras obsoletos e desinformados, acabam oferecendo leite artificial ao seu bebê em mamadeira, desencadeando um processo que culminará com um indesejado desmame precoce.

TODA MULHER É CAPAZ DE AMAMENTAR. Salvo raras exceções em que há problemas de saúde pré-existentes, todas as mulheres produzem leite em quantidade e qualidade suficientes para alimentar seu bebê. Não existe leite fraco, e o único segredo para a produção ser satisfatória é a ingestão de muita água e  constante estímulo (quanto mais o bebê mamar, mais leite vai ser produzido). Ao contrário do que versa o senso comum, mesmo que o peito pareça "murcho", vazio, não significa que não há leite. O mesmo é produzido DURANTE a mamada, enquanto o bebe suga. O peito não é depósito de leite, é FÁBRICA, portanto não importa se ele é grande ou pequeno. Vai produzir leite em quantidade suficiente, sempre.

E se o bebê não estiver ganhando peso adequadamente?

Esse é um dos motivos pelos quais se indica leite artificial. O que o pediatra não explica é que, se o bebê não está ganhando peso, o que acontece é que ele não ESTÁ MAMANDO CORRETAMENTE. É a chamada "pega" incorreta do seio, que faz com que o bebê não mame o suficiente. Ele passa horas no seio mas não está sugando como deveria, não quer dizer que não tenha leite. O que fazer nesse caso? PROCURAR UM BANCO DE LEITE, no proprio hospital onde teve o bebê, existem profissionais capacitados para ajudar a mãe a "ensinar" o bebê a pegar o seio corretamente. Simples assim.

Quais os males que o uso de mamadeiras e bicos podem causar?

Na minha opinião, o principal deles (e mais imediato) é o desmame precoce por confusão de bicos. Raramente um bebê alimentado com mamadeiras segue mamando no peito por mais de 7-8 meses. Outros males incluem má formação dentária, alterações no desenvolvimento dos músculos da face e CÓLICAS. Sim, cólicas, pois o organismo do bebê não está pronto para ser alimentado com leites artificiais de difícil digestão.

O leite materno é o alimento perfeito para o bebê. A natureza nos fez mamíferos, portanto o leite de cada espécie é sempre o mais indicado para seus filhotes. Leite de vaca é para bezerro, leite humano é para gente. Crianças amamentadas têm sim GRANDES DIFERENÇAS de crianças não amamentadas, em termos de saúde. Isso porque todos os anticorpos que a mãe adquiriu durante a vida vão sendo excretados pelo leite e PASSAM PARA O BEBÊ. Quem amamenta sabe, não tem preço ver o seu filho sempre com saúde, pegando apenas resfriadinhos leves, sem precisar tomar antibióticos, se recuperando rápido de qualquer doença que aparecer.

A OMS recomenda o aleitamento materno EXCLUSIVO até os 6 meses de idade, e a manutenção desse aleitamento até os 2 anos ou mais; isso está escrito em TODAS as caixas de leite de vaca, e mesmo assim, a maior parte da população desconhece esse fato. Quando amamentamos nossos filhos maiores de 2 anos somos vistas com estranheza. Mas quando uma criança de 7,8 anos ainda toma mamadeira, por que não estranhamos? 

E não, amamentar não é nada fácil. Dói no início, o peito enche demais, pode ocorrer mastite, dar febre. As pessoas vão encher voce de palpite, vão dizer que o leite do peito é fraco, que o NAN é melhor, que o seu filho vai ficar dependente (qual o problema...?), que vai morder o seu peito quando tiver dentes. O bebê vai querer mamar pelo menos a cada 2 horas, e não é porque o leite não alimente (como muitos vão dizer), mas porque o leite materno é tão perfeito que é digerido mais rápido que qualquer outro. Seu bebê pode ficar até uma semana sem evacuar e NÃO ESTARÁ COM PRISÃO DE VENTRE, apenas acontece do leite materno ser pobre em resíduos, ou seja, ele é quase todo aproveitado. mas atenção, assim que o bebe passar a ingerir sólidos, ele tem que evacuar diariamente, mesmo se ainda mamar, ok?

Escrevo esse post numa tentativa de alertar mães e futuras mães para a importância da amamentação, e para que tenham senso crítico e saibam tomar a melhor decisão em prol do seu bebê. Nem sempre pediatra tem a melhor indicação, às vezes os profissionais param de se atualizar, e para isso temos tanto acesso à informação hoje em dia. Devemos sempre buscar aprender mais, afinal ser mãe é um eterno aprendizado; aprendemos todos os dias.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Não ao bullying materno!

Ao que parece, o universo materno está cheio de controvérsias.

Afinal, quem pode dizer o que é certo? De fato, enquanto não percebermos que TUDO é CULTURAL, sempre vai haver discussões (o que não é mau,afinal a diversidade de idéias é sempre uma riqueza). Alguns debates, infelizmente, extrapolam os limites do saudável e se transformam em -acreditem- bullying materno.

Muitas vezes, ao defender nosso ponto de vista, acabamos nos excedendo e 'julgando' mães que pensam diferente. No fim das contas, somos todas mães, tentando acertar sempre, fazendo o que achamos ser melhor pra nossas crias. Vale lembrar que todas as mães erram, em sua maioria, tentando acertar. Quem pode saber o que é certo ou errado na criação dos filhos? Cada geração, assim como cada cultura, tem seus valores e princípios, e acredito que cada mãe deve agir segundo o que lhe parecer melhor, e, acima de tudo, cada mãe deve saber seguir seu coração, sem culpa. 

Vou tomar como exemplo a polêmica da cama compartilhada. A maioria dos pediatras brasileiros é contra, assim como a sociedadee ocidental em geral. Em algumas culturas orientais, os bebês dormem com os pais (nem se usam berços) até os 3-4 anos. Alguns bebês dormem super bem desde que nascem, nos seus bercinhos, outros, precisam ser amamentados diversas vezes durante a noite, querem contato com a mãe, se sentem seguros dormindo junto ao seio materno, e quando colocados para dormirem sozinhos, o sono fica muito 'picado'. E ninguém dorme direito, nem o bebê, nem a mãe. Nem o pai, que vê a mãe levantando a cada hora. Esse era o caso do Erich, então optamos pela cama familiar. E funcionou pra nós, só agora estamos pensando em ir adaptando o Erich no quarto dele. Agora, se esse esquema funciona pra nós, quem pode me dizer que é errado? Não é o pediatra que vai levantar de hora em hora pra confortar o meu filho. Não é a vizinha, a tia, o diabo que carregue. Sou eu. Então, ninguém deveria se incomodar, certo? Mesmo assim, escutamos críticas o tempo todo. Cuidar da vida dos outros é um hábito muito comum na nossa sociedade, e difícil de mudar.

Esse foi apenas UM exemplo, eu poderia falar da amamentação do meu filho, que incomoda muita gente, e não deveria, pois o peito é meu, o filho é meu, quem tem que se incomodar com isso sou eu.

Ser mãe é saber diferenciar um conselho que se aproveite, de um mero 'pitaco' sem valor. É saber seguir seu próprio instinto, pois temos isso sim! Todas somos capazes de criar nossos filhos. Mesmo sendo mãe de primeira viagem, no fundo, uma mãe sempre sabe o que fazer. Vem de dentro da gente um instinto que estava ali todo tempo, adormecido. O Instinto materno.

Saber o que é melhor pro seu filho é tão importante quanto saber respeitar a opinião alheia. Se eu não dou chupeta pro meu filho mas outra mãe dá, tudo bem. Ela deve saber o que melhor funciona com seu filho. Discordar sem julgar é saudável, traz discussões que acrescentam, sabe? Só não vale crítica maldosa, achar que tem a verdade absoluta, que todas as outras mães são 'ruins'.

Na blogosfera materna, vejo mães trocando farpas o tempo todo. Umas se achando melhores porque amamentaram por X anos, outras porque só dão aos seus bebês alimentos naturebas, condenando quem usa  papinha industrializada, e por aí vai. Qual o objetivo disso? Não estamos aqui pra trocar experiências? Ou se trata de uma competição?

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Guloseimas

Já gastei um sem-número de posts pra falar sobre o (não) apetite do Erich.

Desde o princípio lá da introdução de sólidos, sempre tivemos dificuldades. Ele não comia, o que comia vomitava, viciou em papinhas Nestlé, depois passou a comer só arroz, depois só carne. Agora come um pouco de tudo. Vejam bem, digo um pouco, quero dizer bem pouco; colheradas contadas a dedo. Melhor que nada.

O Erich nunca foi muito dado à guloseimas. Também eu nunca estimulei, porque sabia que chegaria o dia em que ele mesmo procuraria, aprenderia com os amiguinhos, e acabaria querendo. E o dia chegou, agora ele devora bolachinhas, todynhos, iogurtes, danoninhos. DEVORA.

Chega da escola e vai direto na geladeira, "gute, gute", e ataca logo 2 potes de Ninho Soleil. Uma bandeja de iogurte dura 3 dias. juro. 

Não que seja ruim, afinal iogurte é feito com leite. O que acontece é que leite demais não é bom, ao contrário do que pensa  a maioria. Pois o cálcio do leite 'briga' com o ferro dos alimentos e pode causar anemia, que é o que ocorre com aquelas crianças que passam só a leite.

A questão é que eu acho, opinião minha, que não dá pra querer sertão xiita. Por que afinal se trata de uma criança, não? E se não puder comer umas guloseimas agora, vai comer quando? Claro que tudo tem limite e o que importa é a saúde estar em dia, mas um biscoito recheado nunca matou ninguém. Criança gosta dessas coisas. nenhuma criança vai pedir um brócolis pra levar de lanche.

E mesmo se entupindo dessas coisas, na hora do almoço/janta o Erich sempre come normalmente. Ele sempre come bem pouco, estando ou não com fome. Vou proibir ele de comer um iogurte pra não atrapalhar o apetite? Já percebi que não faz diferença, então, que coma. Gasta energia feito um doido, tem que repôr de alguma forma.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A hora de passar vergonha

Quem tem filho entre 2 e 4 anos sabe do que estou falando. É a fase em que o pequeno apronta de tudo, e de preferência em público, nos fazendo passar aquela vergonha. Não tem jeito, todos passam por isso. Faz parte do pacote.

Ontem fomos no aniversario de 6 anos da Carolina, nossa afilhada. Tudo certo, festinha de criança, o que poderia dar errado? Nada, exceto o Erich se apoderar de um brinquedo novinho que a aniversariante acabara de ganhar. Ah, o boneco Ken (marido da Barbie, saca?)... sofreu ontem. Perdeu os sapatos e parte dos pés. Não me perguntem porque não tentei impedir. EU TENTEI, EU JURO!!! Mas era isso ou gritos estridentes com direito a pontapés. Supernanny, me ajuda!!!!

Não contente em acabar com o pobre ken, meu filho vai lá e se torna atração da festa ao entrar com o pé num buraco sei-la-de-que (propably caixa de gordura, mas enfim...). Maedemerda, como deixou isso acontecer? Nem sei, mas convenhamos, um buraco de merda desses numa festa de criança??? A errada sou eu?

Só sei que chamamos mais atenção que a aniversariante, acho. cara de alface rules! Fazer o que? Dá pra guardar a cria em casa até aprender a se portar em público? Não? Então, sisigurem, que lá vem meu furacaozinho!