Amando cada dia mais o meu gurizinho! Ser mãe é tudo de bom!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Bater pra educar?

Depois de um dia difícil, tenso, muito agitado onde eu acabei perdendo a paciência e dando um tapa no Erich, fico aqui refletindo sobre a polêmica palmada.

Outro dia eu li num dos blogs que acompanho que a ninguém dá uma surra ou uma palmada pensando em educar, mas sim pra descontar a raiva do momento. E pra mim isso é verdade; quem bate não o faz pra ensinar; bate por descontrole, por raiva, por frustração, por não conseguir se segurar mesmo. No entanto, esse tipo de atitude termina por ensinar sim uma lição: a de que o maior/mais velho/mais forte pode usar a força pra impôr sua vontade, a de que vale partir pra agressão física quando não nos ouvem, a velha lei do mais forte. E pra mim isso é errado.

Eu confesso meu descontrole nesse dia infeliz, em que acabei fazendo uma coisa que eu condeno muito, que é levantar a mão pro meu filho indefeso. Doeu em mim, doeu nele e principalmente machucou a nós dois por dentro; eu pelo meu próprio descontrole, ele por não esperar uma atitude dessas de mim.

Para muitos pode ser uma coisa comum bater nos filhos, mas não pra mim. Quando um filho nos tira do sério, a primeira coisa que vem à nossa mente não deveria ser uma palmada. No entanto, essa cultura dos castigos físicos está tão arraigada na nossa sociedade que sim, dar um belo safanão é uma reação quase de instinto em determinadas situações. Triste.

Muitos defendem os castigos físicos como sendo o único modo de educar, de preparar os filhos pro mundo. Eu discordo. Acredito que a criação com amor faz esse papel muito melhor. Crescer não precisa ser dolorido, duro, difícil. A vida já castiga tanto a gente. Amor e compreensão são mais que fundamentais para se criar seres humanos seguros, felizes e éticos. Em diversas culturas, não se usam castigos físicos, e nem por isso as crianças crescem sem limites, ao contrário. 

Mais uma vez, me sinto culpada por ter perdido a razão com meu filho. E de agora em diante firmo um compromisso comigo mesma de contar até mil se precisar para me acalmar, antes de levantar a mão pra ele outra vez. Porque quando bato no meu filho, me torno tudo aquilo que eu repudio.

Um comentário:

Juliana Reis disse...

Concordo plenamente, sou totalmente contra. Minha cunhada deu um tapa no meu filho e estou com isso entalado na garganta até agora. Além de não ter o mínimo de intimidade com ela, o filho também não é dela. Eu que sou mãe faço de tudo pra dar a melhor educação pra ele, não admito que outras pessoas se intrometam com palpites sem fundamentos e ainda mais queiram "educar" meu filho dessa forma. Acho que isso só vai tornar ele uma pessoa agressiva.