Amando cada dia mais o meu gurizinho! Ser mãe é tudo de bom!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Polêmica: atendimento médico pelo SUS

Desde o último 'dodói' do Erich, venho pensando sobre isso: atendimento médico gratuito. MUITAS pessoas dependem do SUS. Mas será que o atendimento é bom?

Falei num dos últimos posts sobre ter levado o Erich no pronto-atendimento do SUS por causa de uma febre que apareceu depois de 3 dias de prisão intestinal. Optei por levá-lo lá não tanto por ser de graça (porque graças a Deus, se for preciso a gente pode pagar uma consulta particular) mas porque achei que fosse mais prático; por exemplo, ele já faria lá mesmo qualquer exame que fosse necessário, não precisaríamos fazer em laboratório, esperar resultado e depois levar pro médico, seria tudo mais rápido. Só que não.

Pra começar o atendimento deveria iniciar às 13h, mas começou 1 hora depois. Nesse meio tempo fiquei com o Erich no colo, embalando, consolando, ele choramingando de uma dor que nem sabíamos onde era. Finalmente começaram a chamar e quem nos atendeu foi uma médica residente, super jovem e muito atenciosa. Me ouviu atentamente, fez suas anotações, apalpou o Erich na barriga, olhou ouvido, garganta. Naturalmente ele gritava loucamente durante todo o exame. Até aí tudo normal, eu até gosto de ser atendida por estudantes porque ELES SÃO HUMANOS, TRATAM BEM DOS PACIENTES, TALVEZ POR ESTAREM APRENDENDO, SE INTERESSAM DE VERDADE.

Porém, com a professora, a "médica de verdade", a história foi outra.

Ela chegou e me perguntou como ele estava, eu recontei toda a história. Só que ao invés de fazer o trabalho dela e buscar uma solução, ela começou a me acusar de não ter levado meu filho antes lá. "POrque hoje é sexta, então o que tu fez na quarta e na quinta?" Eu calmamente expliquei que estava observando ele, que não tinha febre até então, que já tinha levado em outro médico um dia antes. Ok. Ela examinou tudo novamente, enquanto o Erich se debatia e gritava "Não, vamo embora, não precisa, tá pronto, tchau..." e eu chorava junto. Finalmente parecia que a Dra tinha achado a raiz do problema: disse que viu uma placa na garganta dele. Daí a febre, daí a dor, a recusa pra comer. Só que a professora Dra Arrogante não olhava pra mim quando explicava o que tinha encontrado; ela se dirigia às suas alunas. Todo o discurso que ela deu foi apenas uma aula pra suas pupilas e eu tive que pescar tudo no ar. Fiquei horas esperando sair a receita do remédio, com meu filho chorando aos soluços, enquanto ela explicava com toda a calma pras alunas como meu filho adquiriu uma amigdalite se ele tinha dor de barriga. (!)

Tudo isso pra eu descobrir, dias depois, que ESSE DIAGNÓSTICO ESTAVA ERRADO, que o Erich tinha era uma estomatite e que o antibiótico só fez piorar.

Diante disso e de tantas outras experiências que eu já tive com médicos do SUS, me sinto no direito de dizer que sim, existem bons médicos. Mas não são a maioria, infelizmente. A maioria nos trata como lixo. Já entra no consultório com ar superior, alguns nem olham pra gente. Tratam os pacientes com descaso, como se só de estarem ali se submetendo a serem cobaias pros alunos aprenderem, fossem "menos". Sim, muitos são competentes, como o obstetra que fez a minha cesárea, salvando a vida do meu filho e a minha; porém fez isso sem perguntar meu nome, sem olhar na minha cara.

Pra mim, tá faltando ética. Porque os médicos do SUS não estão nos fazendo nenhum favor. Eles ganham pra isso, escolheram essa profissão, esse emprego. Têm obrigação de tratar todo mundo bem. É muito bonito quando aparece na televisão: "Procure um médico em caso de ter tais sintomas", "Toda grávida tem direito a pré-natal", e coisas do tipo, mas quando essas pessoas procuram atendimento são tratadas com desrespeito, esperam horas pelo atendimento, são submetidas a exames clínicos repetitivos, com 5, 10 estudantes e depois o professor.

Depois disso eu desisto do pronto-atendimento do SUS. Só em caso de emergência mesmo, tipo se for fim de semana e nenhum outro lugar tiver atendendo. Porque se eu não gosto de ser tratada com descaso, muito menos quero isso pro meu filho.

Mas, como eu disse antes, muitas pessoas dependem EXCLUSIVAMENTE do SUS. Sendo assim, são obrigadas a aturar as 'caras de bunda' que já começam pelas atendentes e vão até os médicos professores, com anos de carreira e sem nenhuma humanidade. Eu me pergunto se isso nunca vai mudar.

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